21 de maio de 2014

noturna

Curioso perceber o quanto a noite me impressiona. O quanto faz meu corpo reagir feliz a todo mistério que ela reserva.

Desde pequena, prefiro os passeios escuros. Só de sentir o vento fresco, já ficava tonta de prazer. Por mim, eu ficava lá, para sempre, olhando para o céu que dava pra explorar sem arder os olhos. Namorando aquele mesclado de azul, preto, cinza e vermelho, típicos da noite de São Paulo.

Como a cidade ficava tão mais bonita! O mundo parecia mais vivo no pulsar das pequeninas luzes que se estendiam até o horizonte.

Ah! E as estrelas? Quando resolviam aparecer, eu me permitia voar alto e depressa pra lá.

Ainda voo alto e depressa, o silêncio e a meia luz da minha pacífica solidão na madrugada, me revelam tudo que eu desejo imaginar.

É bom ser da noite. Me inquieta para a vida. Me dá a oportunidade de tornar completas todas as coisas que eu deixo pela metade durante o dia.

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