Minhas mãos trêmulas esfriam o café
que escorre do copo americano
e congela os meus olhos
molhados,
desavisados
desavisados
na minha cabeça pendida
para não ter que ver
o mundo à frente
o mundo à frente
escondendo o dia que não quer vir
para não ter que partir
mas vou teimosa
mas vou teimosa
caminho porta afora
com o estômago cheio de cafeína - rasgado
ao meio -
deixando entrar brisa de monóxido de
carbono e
poeira da rua
escorrendo líquido preto.
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