23 de outubro de 2013

Não está

Uma ausência está
invadindo todos os espaços
à minha volta.

Tem uma raiva
latejando naquilo que deve ser a
alma.

Não acredito nos deuses das historinhas
baratas
como os romances com nome de mulher que vendem nas bancas de jornal.

As divindades me negaram o direito ao conforto da ilusão do eterno.

Esse tempo é cruel
têm segundos
implacáveis - não atrasam os ponteiros -
e assim,
seco,
doído,
leva embora o que ele quiser.

Para sempre.

Irrecuperavelmente.

Sobra a lembrança
mas até essa o tempo pode tomar.

A ausência
não está
Ela é!
Para sempre permanecerá.

4 comentários :

  1. Lindo, profundo e triste!
    Grande talento que toca os corações, Jessica querida!
    Maria Olimpia J.Mancini Netto

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada, Maria! Espero que continue visitando o blog. Será sempre vem vinda. Beijos

      Excluir
  2. "As divindades me negaram o direito ao conforto da ilusão do eterno" !
    Amei! Que seus poemas possam sempre invadir as ausências e ecoar pela alma!
    Beijos, Carol Santos

    ResponderExcluir

comentários: