28 de abril de 2011

(boba)

Queria ser como as ondas revoltas da praia de Ipanema
que assisto pela janela do ônibus todos os cinco dias da semana,
todos os cinco pela manhã.

Estourar na cabeça da minha vítima
afogá-la em meu rebuliço interno e depois cuspir na areia com força.

Ah, como eu queria ser verdadeiramente dura, pesada... severa.
Ruim!
o bicho-papão de quem tira a minha chance de ser assim me desarmando com um lindo sorriso descarado e irresistível.

A testa franzida não consegue legitimar o que o tom de voz patético de mulher apaixonada denuncia.

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