1 de junho de 2008

quente

O peito aberto

me faz respirar tão forte

me faz sugar a vida

como se fosse guaraná num dia

quente


arrepia a pele

estremece a carne

sacode o corpo [e também a vida

arremessa o mundo contra as minhas pálpebras tímidas


respiro longamente

para sentir melhor os cheiros

imaginar o sabor de abraços e das palavras

que eu não senti


esse oxigênio

expande os meus pulmões de vontade

e expira todas as covardias de descobrir o dia


minhas mãos estão vermelhas e derretem

amor

estou quente do calor que há em mim

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