por trás do sorriso
largo
de dentes grandes
amarelados pelo café
se contrai
ardido
um estômago
que não sabe digerir
e
um
fígado distraído
por algumas taças de vinho
para não ter que
fazer o seu trabalho
miserável
de processar as
emoções
que insisto em engolir
então
algumas
vazam
e
outras
apenas correm impacientes pelas
veias
nervos
e todas essas estradas que existem em nós
até que
param
e
superpovoam
as minhas mãos
irrequietas,
cheias de nós e linhas estranhas que eu não sei ler
elas
só
se acalmam
quando o meu polegar oponível
(que certamente não evoluiu para isso)
pinça mais uma taça de vinho
e dá continuidade ao ciclo
da
fuga
sem fim
17 de abril de 2015
16 de abril de 2015
15 de abril de 2015
26 de março de 2015
quando o coração se abre, as sinceridades vazam
o meu rosto é palco de não preocupar as pessoas, de sorrisos ensaiados, de olhos tristes e agoniados que disfarço atrás de um rímel qualquer
a minha fragilidade
g r i t a
através da corrente sanguínea
e violenta
de arritmia
o meu coração negligenciado por mim
e então eu desmaio
de amor próprio delével
é um recurso desesperado para eu não ter que sentir
a minha fragilidade
g r i t a
através da corrente sanguínea
e violenta
de arritmia
o meu coração negligenciado por mim
e então eu desmaio
de amor próprio delével
é um recurso desesperado para eu não ter que sentir
Assinar:
Postagens
(
Atom
)